quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Principais Tipos de Vinhos

Os Vinhos podem ser classificados:

1. Quanto a Classe:

1.1. De Mesa
É o vinho com graduação alcoólica de 10° a 13° GL. E estes se classificam em:
• Vinhos Finos ou Nobres: Os vinhos produzidos somente de uvas viníferas.
• Vinhos Especiais: Os vinhos mistos produzidos de uvas viníferas e uvas híbridas ou americanas.
• Vinhos Comuns: São os vinhos com características predominantes de variedades híbridas ou americanas.
• Vinhos Frisantes ou Gaseificados: São os vinhos de mesa com gaseificação mínima de 0,5 atmosferas e máxima de 2 atmosferas.

1.2. Leve - É o vinho com graduação alcoólica de 7° a 9,9° G.L. Elaborado de uvas viníferas.

1.3. Champanha - É o vinho espumante, cujo Anidrido Carbônico seja resultante unicamente de uma segunda fermentação alcoólica de vinho com graduação alcoólica de 10° a 13° G.L.

1.4. Licoroso - É o vinho doce ou seco, com graduação alcoólica de 14° a 18° G.L. Adicionado ou não de álcool potável, mosto concentrado, caramelo e sacarose.

1.5. Composto - É bebida com graduação alcoólica de 15° a 18° G.L., obtida pela adição ao vinho de macerados e/ou concentrados de plantas amargas ou aromáticas, substâncias de origem animal ou mineral, álcool etílico potável e açúcares. São o vermute, o quinado, o gemado, a jurubeba, a ferroquina e outros.

2. Quanto a Cor

2.1. Tinto - Elaborado a partir de variedades de uvas tintas. A diferença de tonalidade depende de tipo de fruto e maturidade.
2.2. Rosado - Produzido de uvas tintas, porém após breve contato, as cascas que dão a pigmentação ao vinho são separadas. Obtém-se também um vinho rosado pelo corte, isto é, pela mistura, de um vinho branco com um vinho tinto.
2.3. Branco - Produzido a partir de uvas brancas ou tintas, a fermentação é feita com a ausência das cascas.

3. Quanto ao Teor de Açúcar

3.1. Seco - Possui até 5 gramas de açúcar por litro.
3.2. Meio Doce - Possui de 5 gramas a 20 gramas de açúcar por litro.
3.3. Suave - Possui mais de 20 gramas de açúcar por litro.

Vinhos Tintos

Tinto Jovem
Vinho de corpo leve, não necessita tempo de envelhecimento. Geralmente são vinhos com aromas e sabores de frutas e vegetais bem frescos e de tonalidade rubi escura. Devem ser degustados jovens, preferencialmente até o 2º ano de sua elaboração, e consumidos levemente refrescados (15ºC).

Tinto de Corpo Médio
Vinhos que estagiam por no máximo 6 meses em tonéis de carvalho. Possuem bouquet onde se destacam aromas e sabores de frutas vermelhas e baunilha. Sua cor tem tons claretes, resultado do tempo de permanência nos tonéis. Seu consumo pode ser de imediato a 5 anos de guarda. Deve ser servido entre 15ºC e 18ºC.

Tinto encorpado
Vinho robusto com grande estrutura de aromas e sabores na boca. Elegante, tem grande complexidade aromática devido ao seu envelhecimento que lembra especiarias, frutas vermelhas maduras, baunilha, tabaco e cacau. Sua cor é rubi clara e deve ser servido entre 15ºC e 18ºC.

Vinhos Brancos

Branco Jovem Frutado
Vinho leve e elegante. Com cor amarela-clara e aroma de frutas tropicais frescas e vegetais. Paladar delicado e leve permanência na boca. Refrescante, deve ser tomado gelado (10ºC). Vinho de consumo rápido; quanto mais jovem, mais agradável.

Branco Maduro
Vinhos encorpados, de cor amarelo-ouro, com sabores intensos e aromas de frutos tropicais maduros, com um leve toque de baunilha. Sabor de longa permanência na boca. Deve ser saboreado gelado (10ºC).

Vinhos Fortificados e Frisantes

Vinho enriquecido
Vinho cuja fermentação é interrompida pela adição de aguardente vínica. Estes vinhos mantêm o açúcar natural residual da uva e possuem graduação alcoólica entre 19ºGL e 21ºGL. Na cor podem ser tawny (aloirado), rubi ou branco. Deve ser consumido entre 15º e 18ºC.

Vinho frisante
Vinhos jovens, brancos ou tintos, que recebem uma pequena adição de CO2. Vinhos aromáticos com baixa graduação alcoólica e altamente refrescantes. Podem ser doces, meio secos ou secos. Devem ser consumidos gelados (6ºC).

Vinho espumante
Vinhos que sofrem o processo da segunda fermentação. Podem ser tintos ou brancos e seus tipos são brut, deni-sec ou doces. Devem ser consumidos gelados (6ºC).

Alimentos e vinhos

A harmonia perfeita entre prato e vinho é o que vai garantir o sucesso do seu cardápio. Um não deve se sobressair ao outro e sim valorizar as características de cada um. Assim, como referência, os vinhos brancos, por serem leves e frutados, acompanham peixes, frutos do mar, carnes brancas como peito de frango ou peru, assados ou grelhados, e servem também como aperitivo. Os tintos são recomendados para acompanhar carnes vermelhas, massas, aves e caças. Os rosados são ideais para refeições com dois pratos, com carne e peixe. Para frutos do mar e peixes uma boa sugestão são os vinhos verdes brancos e para sobremesas, um espumante doce. Os espumantes secos podem acompanhar as refeições ou ser servido como aperitivo.

Vinhos e alimentos
branco seco ou espumante brut - caviar, salmão
doce da região de Sauternes- patê de foie gras
branco ou tinto leve seco – frios
Porto seco, Madeira ou Jerez – caldo clarificados e cremes
tinto jovem ou rosado – sopas
branco seco ou espumante brut – ostras e crustáceos
branco seco – peixes fritos ou cozidos
tinto leve ou verde branco ou tinto – bacalhau e haddock
branco seco – ovos (pratos frios)
tinto ou branco – ovos (pratos quentes)
tinto leve e novo ou branco – frango ou galinha com molho
tinto leve – frango ou galinha assada
tinto encorpado e envelhecido – peru ou pato assado
tinto encorpado e rico em bouquet – faisão assado
tinto leve e macio ou rosé – vitelo de confecção simples
doces brancos ou tintos – sobremesas

Vinhos e Carnes

Combinar vinhos e alimentos é uma arte requintada. A harmonia entre ambos dá prazer e, ao mesmo tempo, exercita uma milenar cultura de bom gosto. Aqui vão algumas dicas:

Carnes

Em geral, as carnes vermelhas, quando grelhadas, combinam bem com vinhos tintos jovens como os obtidos das uvas Gamay e Merlot.

As carnes cozidas ou as famosas “carnes de panela” aceitam bem um branco leve, como os obtidos com Sauvignon Blanc; no caso das carnes bem temperadas, os vinhos de Cabernet Sauvignon combinam melhor.

As carnes de porco são ecléticas. Preparadas simples e com pouco tempero , como os lombos, os vinhos brancos de Riesling ou Chardonnay casam-se bem. Já o pernil pede um tinto com mais estrutura, como um Carmenère chileno ou um Tannat uruguaio.

As aves e as carnes de caça têm sabores mais delicados. Assadas, cozidas, grelhadas ou recheadas, harmonizam-se bem com vinhos tintos da uvas Pinot Noir (todos os tintos da Borgonha) e com os excelentes Malbec argentinos. Coelhos e patos combinam bem com o Merlot e com o Cabernet Sauvignon da Serra Gaúcha.

Doces e vinhos

As tortas e bolos de frutas secas, como nozes, amêndoas e avelâs, são bem acompanhadas com um Vinho do Porto Tawny. Quanto mais velho o vinho, melhor.
Pudins, mousses e sorvetes pedem os brancos de colheita tardia, quase sempre à base de Sauvignon Blanc ou Semillon, como o Sauternes e os típicos vinhos desse gênero do Chile, da Argentina e do Brasil.

Queijos e vinhos

Vinhos e queijos nasceram um para o outro.

Os queijos azuis, como o Roquefort, o Gorgonzola e o Stilton, pedem um Porto Ruby jovem ou um Porto Vintage de alguns anos. Os sabores adocicados se casam bem.
Os queijos de mofo branco, como o Brie e o Camembert, pedem um pujante Cabernet Sauvignon. Aqui, as opções são múltiplas: um Bordeaux, um chileno, um argentino ou um brasileiro.

Os queijos amarelos, como o Estepe, o Ementhal e o Gruyère, vão com os tintos jovens, como os Merlot e os Cabernet Sauvignon genéricos da América Latina.
Os queijos com aromas bem fortes, como o Limburgo ou o Port Salut, pedem vinhos robustos, com um Tannat uruguaio ou um Côtes du Rhône.

Massas e vinhos

Para combinar vinho com massa, tudo depende do recheio da massa e do molho que a acompanha. Os molhos quatro queijos e os de tomates com ou sem manjericão pedem um tinto ligeiro, como os Chiantis ou os Bardolinos. Um Lambrusco tinto seco também cai bem.
As massas recheadas e servidas com funghi pedem vinhos tintos do Piemonti, como os Barolos e os Barbarescos.
A lasanha com todos os seus recheios vai bem com os tintos de Veneto, como os Valpolicellas, ou os tintos da Sicília.

Vinhos e frutos do mar

A completíssima paella, embora tenha a predominância de frutos do mar, deve ser acompanhada com um tinto leve, de preferência um Rioja Crianza.
As ostras e mariscos em geral pedem um branco de Chardonnay, de preferência mantido temporariamente em barris de carvalho. Esses vinhos têm uma potente estrutura para sustentar o pronunciado sabor do mar destas iguarias.
Os peixes de carne branca, grelhados, pedem um Sauvignon Blanc bem aromático.
O bolinho de bacalhau bem como seu corte em pedaços (cozido ou assado) degustados somente com azeite pedem um vinho Verde Branco, bem ácido e frutado. Já o bacalhau, com temperos fortes como o pimentão, pede um vinho tinto do Alentejo.
Os peixes cozidos, como os das moquecas temperadas com os coentros, pedem um vinho tinto bem frutado, como os da uva Syrah, obtidos no Nordeste do Brasil.
Os peixes defumados, como o salmon e o hering, ficam de fora. Seu sabor muito pronunciado mata qualquer vinho. Portanto, vá de cerveja.

Vinhos e peixes

Em dias quentes normalmente optamos por uma alimentação mais leve, por exemplo, com peixes. Siga as dicas a seguir para ter uma melhor combinação dos peixes com vinhos.

Files (linguado, pescada, robalo) na manteiga, com ou sem alcaparras
Vinhos brancos secos:
Chablis
Sancerre
Semillon
Chilenos
Alentejanos
ou Verdes brancos

Peixes defumados - arenque, sprats, sardinhas
Vinho – Chardonnay mais velho com envelhecimento em madeira

Salmão defumado
Vinho Branco seco robusto:
Chablis Grand Cru
Champagne Miléssimé

Sardinha fresca
Vinho verde branco, o mais jovem possível

Vinho do Porto e gastronomia

O vinho do Porto pode ser servido com diversos pratos e combinações:

Vintage – O queijo e o vinho parecem ter sido feitos para serem apreciados em conjunto. Alguns estão mesmo predestinados por ser tão magnífica a relação que estabelecem. Um bom exemplo é a mais clássica e divina das ligações: Queijo da Serra e Porto Vintage.

L.B.V. - Um generoso que se distingue pela sua estrutura, harmonia e equilíbrio, podendo ser enquadrado numa refeição fora do habitual aperitivo. Uma excelente idéia e experimentá-lo com um ou outro prato, intercalado com outro vinhos. Boas sugestões são por exemplo saboreá-lo com purê de berinjela e massa folhada acompanhada com figos assados no forno. Também combina muito bem com vários tipos de chocolates em diferentes texturas.

Tawnies 10,20,30 e 40 anos - Excelentes se servidos com doces típicos portugueses, como leite-creme, o arroz doce, as rabanadas e a aletria. Mas também com doces à base de ovos e amêndoa ou como digestivo após o café.

Ainda nos tintos, dos tawny aos ruby e dos reserva aos data de colheita, todos combinam com frutos secos, patê de presunto e pratos de caça. Fazem uma combinação perfeita com grande parte dos queijos portugueses (Serra, Serpa, Azeitão, Rabaçal, Ilha) e com todos os queijos azuis (Roquefort, Stilton, Gorgonzola).

A versatilidade das associações gastronômicas com os vinhos do Porto, abrange as sobremesas, com frutas secas, pudins leves, bolo pouco doces, chocolates e sorvetes.

Os brancos são o aperitivo ideal se servidos frescos. Combinam com canapés, carnes frias, mariscos e também com queijo fresco. São vinhos bastante usados em coquetéis, como por exemplo o long-drink feito com vinho do Porto branco seco e água tônica em iguais proporções, cubos de gelo e meia rodela de limão.

Vinhos no coquetel
Você vai fazer um coquetel e tem dúvidas quanto ao tipo de vinho e canapés. Os vinhos mais usados são os espumantes (o clássico champanhe). Evite servir amendoim e azeitonas, que podem estragar o sabor do vinho. Se você usar frutas secas, como nozes, amêndoas, avelãs e pistaches, combine-as com vinho do Porto Tawny ou brancos, Jerez seco ou vinhos brancos secos de Chardonnay. No caso da opção ser canapés de frutos do mar, como salmão ou caviar, use Champagne Brut.

Producão de vinho por país em 2005 - Classificação País Produção(toneladas)

1 França 5.329.449
2 Itália 5.056.648
3 Espanha 3.934.140
4 Estados Unidos 2.232.000
5 Argentina 1.564.000
6 China 1.300.000
7 Austrália 1.274.000
8 África do Sul 1.157.895
9 Alemanha 1.014.700
10 Chile 788.551
11 Portugal 576.500
12 Romênia 575.000
13 Rússia 512.000
14 Hungria 485.000
15 Grécia 437.178
16 Brasil 320.000
17 Áustria 258.000
18 Ucrânia 240.000
19 Moldávia (Moldova) 230.000
20 Croácia 180.000

Um comentário:

nadja disse...

ola
ja q é este o espírito...
o texto deu um start completo oferecendo todas as informações importantes para se conhecer um bom vinho
adorei.
entrei de cabeça no tannat
bjks